segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Porque seus Pais não usam saias


Pode parecer um tanto controverso, mas não sou muito de  ler! Tenho um senso pra leitura muito apurado quando me desponho a  faze-lo quero que a experiência seja  agradável e evolutiva.  Por esse simples motivo me tornei muito critico com o que me desperta o interesse.
Porem esses dias eu estava a deriva no feed de noticias do facebook e uma matéria me chamou muito a atenção. Falava de uma menino  alemão  de no máximo 3 anos de idade que usava vestido o tempo todo. Ele ia a escola, brincava no parque, saia com os pais, fazia todas as atividades normais de uma criança porem de vestido.  É claro que as demais criança zombavam dele, mas ele se defendia dizendo:  “- Vocês não usam vestidos porque o pai de vocês não usa”. Exato! O pai do menino também usava saia, mas ele passou a fazer isso depois que seu filho mostrara que gostava de usar vestidos e o pai o fazia pra mostrar apoio ao menino. Não o jugava nem o reprendia por seu gosto peculiar mas sim o aceitava.
O que ficou na minha mente foi a resposta tão simples mas tão profunda desse menino.
-Vocês não usam saia porque o pai de vocês não usa!
Vejo muito do mundo nessa frase. Somos apenas frutos de nossos pais, somos limitados por suas crenças, seus desejos, suas fantasias e seus medos. Uma forma de conseguirmos visualizar isso de uma maneira mais clara é a nossa vontade de surpreende-los  de uma forma boa é claro desejando que eles sintam orgulho de nós ou o quanto ficamos preocupados ou receosos quando temos que dizer ou fazer algo que sabemos que não ira agrada-los. Fazemos o que fazemos porque nossos pais faziam!
Muitos iriam dizer que isso é o laço familiar, que essa seria a essência de uma família, que é assim que é construído uma base familiar. Não tiro a razão de quem pensa assim, de certa forma também respeito muito valores que passam de pai para filho.
Porem não consigo retirar da minha mente uma leve visão de que também estamos acorrentados, de que não podemos ser  100% o que ou quem gostaríamos de ser, que além das preocupações normais para nossa sobrevivência ainda temos que perder parte de nossa essência.  Escondemos de nossos provedores o que realmente gostamos porque eles não gostam, deixado de usar nossos vestidos porque nossos pais não usavam!  

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

" Quando podemos Amar"



Sou um amante de conversas. Quando mais jovem não era tão exigente como hoje em dia, gostava de conversar  com qualquer um e sobre qualquer assunto. Admito que assuntos mais complexos e polêmicos me interessavam muito mais que os demais. Porem se existisse uma possibilidade de prosear lá eu estava.
Hoje me vejo um pouco mais seletivo neste requisito, busco conversar sim, mas agora com um pouco mais de qualidade, com um pouco mais de intensidade, emoção e amplitude.  Conversa do tipo que  tive como uma grande amiga minha dias atrás.  Fazemos isto com uma certa frequência,  não como gostaríamos mas mesmo assim o fazemos. Nesta conversa falamos sobre inúmeros assuntos, mais relacionados a nossas vidas pessoais do que assuntos aleatórios. Porem o que gosto de nossas conversas é a busca pela compreensão mutua, a busca pela resposta de o que ocasionou nosso estado até o momento da conversa,  o por que de estarmos vivendo aquilo, e se aquilo era um incomodo para nós ou não. Conversamos para descobrir, não pra reclamar ou jogar palavras ao vento.
Porem o momento alto da conversa foi quando em nossas reflexões chegamos a uma conclusão interessante:
Nós, seres pensantes nos relacionamos quando os outros tópicos de nossas vidas permitem isto.
Isto mesmo! Quando estamos  com algum problema que consideramos urgente ou serio se não estamos nos relacionando com alguém já, apenas colocamos esta opção de lado. Não sentimos urgência nenhuma em encontrar alguém para partilhar ou pra nos dar carinho. Podemos até querer alguém em momentos de carência mas logo, este considerável “problema” nos rouba a atenção.
Por que falo disto?
Olhe a sua volta, sempre  existe um “amigo solitário” em busca de uma pessoa e queira ou não ele sempre se mostra insatisfeito por não achar a pessoa correta, o que na minha opinião não se resume só o que é comentado neste texto, porem este “amigo solitário” não entende que hoje sua insatisfação só existe por não esta com nenhum problema maior que este.  Possui residência, meios de se alimentar e etc.
Chego a conclusão de que amor é algo convencional, que vamos atrás dele quando os tópicos de nossa vida esta alinhados ou se alinhando, quando podemos de certa forma” deitar nossas cabeças” no travesseiro e dormir.
 Não me entenda mal. Não desconsidero  o amor como ele, mas acredito que o verdadeiro entra na sua vida pela porta do acaso. A pessoa correta pode entra na sua vida em um momento inesperado muitas vezes quando você esta enfrentando algo  que não permite você se concentrar em outros pontos de sua vida. E muita das vezes é graças a este amor inesperado que arrumamos força pra vencer qualquer obstáculo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Suas Assinaturas


Lembro uma vez em mais uma das saídas com minha avó, fomos ao banco dela resolver algo sobre sua conta corrente, lembro que o gerente era muito legal e  que eu estava vislumbrado com tudo aquilo, porem teve algo que me levantou a curiosidade mais do que toda aquela onde de novidades, pra que todas as informações e decisões que minha avó tinha combinado com o gerente tivesse consistência ela precisava assinar alguns documentos. Foi ai! Neste momento que eu fiquei muito curioso, O que significava uma assinatura?
Dias mais tardes conversando com meus amigos de classe no colégio um deles olha para mim e pergunta:
- Você  já sabe fazer a sua assinatura?
Eu o olhei com cara de incompreensão, e ele por sua vez me mostrou os rabiscos sem sentido que havia feito no caderno, continuei com a mesma expressão!
Foi quando tirei meu Registro Geral  que essa tal assinatura teve alguma importância em minha vida, foi quando entendi que deveria utiliza-la pra confirmar minha aceitação em decisões importantes e documentadas. E que uma vez tendo uma seria complicado muda-la
Quando ando por ai vejo tantos tipos de pessoas, mas de uma modo nostálgica percebo que elas de alguma forma se categorizam em diversos tipo de estereótipos como  moda, gosto musical, religião, profissional e etc.
Dentro destes tópicos todas desejam ser únicas,  desejam fazer a diferença.  Acredito eu, que seja uma sina do ser humano.  Ser nem que seja por um leve momento, notado. Então começa essa busca de autoconhecimento dentro do mundo de sua escolha, ou como poderia dizer “sua assinatura”.  Não penso que seja consciente esta busca, mas acredito que exista.   
Existem aqueles que conseguem o grande feito, mas o que me atrai e ver que estes  tem a assinatura desenhadas em sua alma ou em outras palavras, se aquele estilo de moda ou de musica ou qualquer outra coisa não existissem,  aquela pessoas a inventaria porque aquilo faz parte dela de sua alma, é “sua assinatura”!
Hoje andando pelas ruas vejo  muito do “mesmo diferente”, vejo pessoas buscando se aconchegar num estilo de vida aceitável para outros ou para os seus. Vejo uma busca infindável por uma autodescoberta e por algo que as torne especiais dentro do mundo que escolheram se limitar, vejo pessoas buscando suas personalidades, seus caráteres , suas almas, vejo pessoas aprendendo a fazer  suas assinaturas.  

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Crazy / Alanis Morissette

"Um homem decide depois de setenta anos,
Que o que ele vai fazer, é destrancar a porta,
Enquanto os outros ao seu redor o criticam e dorme"...

"Caminhando de Costas"


Quando era criança minha avó e eu saiamos muito. Ela sempre gostou de andar por São Paulo pra fazer compras e por fim sempre acabava me levando junto. Uma dessas vezes que estávamos conversando sobre algo,  lembro que por um momento eu comecei a andar de costa para as pessoas e de frente pra ela. Logo ela me chamou a atenção e disse :
- Para de andar de costa menino, assim você esta desrespeitando sua mãe ( falecida).
Na hora não entendi bem o porque da chamada, mas anos depois aprendi que andar de costas significava para os mais velhos “morte para mãe”, e com aquele ato para a minha avó estava desrespeitando o a condição de minha mãe.
Isto ficou marcado em mim não a explicação do ato mas a questão de andar de costa ser algo desrespeitoso. 
Faz um bom tempo que me assumi como homossexual e um dos momentos marcantes foi que quando me assumi para minha avó tivemos uma boa conversa e ela me explicou muito sobre o que ela conhecia sobre este mundo que para mim naquela época seria totalmente novo. Fico grato por ter tido aquela conversa pois graças a ela pude me esquivar de muitos momentos desastrosos.
Imagino que esta conversa deve esta meio confusa pra você, relaxa não é um momento confessionário .
Vivendo no mundo homossexual pude ver com clareza como estamos retrógados, claro que isto não se limita apenas ao mundo homossexual,  mas este “caminhar pra trás” fica muito mais claro entre nós gays. Dizem que esta pratica de relações afetivas de pessoas do mesmo sexo é algo que existe desde anos antes de Cristo. Porem se estudarmos bem veremos que todas as nações que praticavam esta relação deixaram algo grandioso pra seus descendentes, um marco que até hoje nos faz respeita-los.
Hoje lutamos por um espaço mais respeitoso em nossa era, em nossa época, mas a luta esta mais entre nós do que contra a sociedade. Buscamos ver o respeito nos olhos das pessoas que nos olham mas não encontramos o nosso próprio respeito. Vejo uma enorme confusão de respeito com egocentrismo , uma confusão generalizada de liberdade com libertinagem.
Acredito na afeção e na demonstração de carinho em publico, acredito que devemos ter direito de casamento e de termos filhos, acredito  que temos direito a construir algo e caso algo aconteça a um dos dois o outro tenha segurança de que tem direito sobre o que construíram juntos. Acredito nos benefícios que uma vida legalizada com um companheiro do mesmo sexo traria. Porem somos a o velha negra da sociedade e se quisermos  ter estas conquistas precisamos andar a segunda milha, precisamos  exigir mais respeito do que os outros ganham e só ganharemos isto quando dermos melhores exemplos, quando transformamos o preconceito em admiração, quando mostrarmos que nossas ações nos faz melhor do que somos jugados.
Não confundam não quero que pensem que somos melhores mas sim que somos iguais. Mas a visão de um menino andando de costas é muito nítida pra mim, estamos  gritando por respeito mas estamos andando de costa desrespeitando nossas origem,  desrespeitando nossas criações, falando de prosseguir e exigindo  ao mundo que ande pra frente enquanto andamos pra trás.

Liberte -se / Florence + The Machine

                        "Buscando o Paraíso, encontrei o demônio em mim"...


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

“Como nos Amamos”


Amar o próximo como a ti mesmo.
Tem frases que de tanto ouvirmos nossas mentes ficam um tanto acostumadas com elas e por fim acabamos nem prestando a atenção em seu significado.
Quando penso sobre amar alguém, esta frase me vem com facilidade a mente. Pensem comigo é possível amar alguém sem se amar também?
É como uma forma de comparar o que estamos sentido pela pessoa e se este sentimento nos faz bem.  Vou explicar! Normalmente quando estamos solteiros e carentes temos a tendência de sonhar com um “alguém especial” e logo imaginamos coisas que queremos fazer com esta pessoa, na maioria das vezes imaginamos que este “alguém” esta fazendo conosco o que com certeza faríamos com ele. Em outras palavras queremos da outra pessoa aquilo que faríamos pra ela, ou o que faríamos pra nós se pudéssemos  nos namorar. Ai esta a ideia do “como a ti mesmo”. Sempre nos usamos como uma forma de parâmetro pra encontrar a pessoa certa, algumas vezes é claro que isto dá errado, acabamos nos envolvendo com alguém que não é 100%  o que sonhávamos mas de alguma forma esta pessoa nos ama “como nos amamos” .
Nunca fui contra o pensamento do amor próprio, sempre vi esta qualidade como uma espécie de espada e escudo para se lutar nesta batalha que é chamada de relacionar-se. Mas não sou a favor de exageros, muito amor próprio se torna egoísmo. 
Antes de estar com a pessoa que hoje me relaciono, eu com certeza busquei  e conheci muitas pessoas interessantes que poderiam  ocupar o mesmo cargo, porem  sempre sentia no fundo do meu peito que não era aquela a pessoa certa. Depois de muito refletir e de  me pergunta porque não estava encontrando a pessoa certa, eu cheguei  a uma conclusão todos que encontrei queriam que eu os amasse mas não estavam prontos pra me amar “ como eu me amo”.
Penso um pouco sobre um envolvimento aonde não há este tipo de pensamento, aonde o amor vem de uma única pessoa , e só vem uma palavra em minha mente Obsessão. Uma doação doentia e cega que nunca seria saudável pra nenhum dos envolvidos.
Acredito piamente que esta geração caminha pra um tipo de envolvimento caótico  pois  vejo que pendem para um dos dois lados desta balança, o egoísmo e a obsessão. Não havendo um equilíbrio. Indo de um para o outro bruscamente.

Acredito no respeito mutuo e o auto-respeito são de imensa importância para um relacionamento duradouro e repleto de alegrias , acredito que isto nos leva ao mundo melhor tanto externo quanto internamente e sei que esta é a melhor maneira pra se relacionar, pra se conviver e pra se amar alguém... acredito que a melhor forma de  amar ao próximo e amando a si mesmo.