Sou um amante de conversas. Quando mais jovem não era tão
exigente como hoje em dia, gostava de conversar
com qualquer um e sobre qualquer assunto. Admito que assuntos mais
complexos e polêmicos me interessavam muito mais que os demais. Porem se existisse
uma possibilidade de prosear lá eu estava.
Hoje me vejo um pouco mais seletivo neste requisito, busco
conversar sim, mas agora com um pouco mais de qualidade, com um pouco mais de
intensidade, emoção e amplitude.
Conversa do tipo que tive como uma
grande amiga minha dias atrás. Fazemos
isto com uma certa frequência, não como
gostaríamos mas mesmo assim o fazemos. Nesta conversa falamos sobre inúmeros
assuntos, mais relacionados a nossas vidas pessoais do que assuntos aleatórios.
Porem o que gosto de nossas conversas é a busca pela compreensão mutua, a busca
pela resposta de o que ocasionou nosso estado até o momento da conversa, o por que de estarmos vivendo aquilo, e se
aquilo era um incomodo para nós ou não. Conversamos para descobrir, não pra
reclamar ou jogar palavras ao vento.
Porem o momento alto da conversa foi quando em nossas
reflexões chegamos a uma conclusão interessante:
Nós, seres pensantes nos relacionamos quando os outros
tópicos de nossas vidas permitem isto.
Isto mesmo! Quando estamos
com algum problema que consideramos urgente ou serio se não estamos nos
relacionando com alguém já, apenas colocamos esta opção de lado. Não sentimos
urgência nenhuma em encontrar alguém para partilhar ou pra nos dar carinho.
Podemos até querer alguém em momentos de carência mas logo, este considerável
“problema” nos rouba a atenção.
Por que falo disto?
Olhe a sua volta, sempre existe um “amigo solitário” em busca de uma
pessoa e queira ou não ele sempre se mostra insatisfeito por não achar a pessoa
correta, o que na minha opinião não se resume só o que é comentado neste texto,
porem este “amigo solitário” não entende que hoje sua insatisfação só existe
por não esta com nenhum problema maior que este. Possui residência, meios de se alimentar e
etc.
Chego a conclusão de que amor é algo convencional, que vamos
atrás dele quando os tópicos de nossa vida esta alinhados ou se alinhando,
quando podemos de certa forma” deitar nossas cabeças” no travesseiro e dormir.
Não me entenda mal.
Não desconsidero o amor como ele, mas
acredito que o verdadeiro entra na sua vida pela porta do acaso. A pessoa
correta pode entra na sua vida em um momento inesperado muitas vezes quando
você esta enfrentando algo que não
permite você se concentrar em outros pontos de sua vida. E muita das vezes é
graças a este amor inesperado que arrumamos força pra vencer qualquer
obstáculo.